segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Gagás, mas honestas!

Há uns anos atrás, quando a minha avó começou a apresentar sinais de esquecimento ela recebeu a visita de uma tia-avó minha, no caso era a irmã mais velha dela, a Tia Nadir. Tia Nadir faleceu ano passado com "apenas" 99 anos. Era a irmã mais velha, e pra mim, a mais brava!
Nessa época, a minha avó era praticamente nossa vizinha. Quando soubemos que minha tia-avó viria visitá-la, fomos todos para lá.
Como já disse no post de apresentação da vó Margarida, ela e as irmãs eram conhecidas como as "Irmãs Metralhas", e foi no meio de uma conversa amistosa que o seguinte diálogo começa:
Tia Nadir - Margarida, você não sabe quem me roubou!!!
Vó Margarida - Ohhhh!!! Quem te roubou???
Tia - Romero!
(Romero é sobrinho de uma terceira irmã. E não, ele não roubou ninguem! Sabe Deus como ela inventou isso)
Vó - Ohhhhh!!! É mesmo, Nadir??
Tia -  É!!! Tô te falando!!!
Silêncio. Todos nós pensamos a mesma coisa - Está declarada a III Guerra Mundial!
Até que...
Vó - Mas... quem é Romero??
Tia - Ué!!! E eu que sei??
Vó -  Mas é homem ou é mulher?
Tia - Sei lá!!!

Ufa!! Essa foi por pouco!!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Dumbo?

Vamos confessar: todo mundo tem algo no corpo que realmente odeia. Se você não é a Gisele Büdchen ou o Brad Pitt, você tem algo que realmente não suporta. Pode ser o cabelo, as costas largas, o peito pequeno ou grande, o seu joanete ou o nariz de batata. Mas você tem. E não é diferente com as avós...
Mas vamos à historia de hoje: Estavamos na casa da minha avó e começamos a falar sobre fotos antigas e sobre o passado. Minha avó estava adorando o papo, apesar de não falar, estava esboçando um sorriso. Como sempre, minha mãe estava falando como eu era linda de morrer, olhos claros, gorda, essas coisas de mãe. Até que eu notei: Minha orelha era gigante!!!!! Deus, tem um rosto nessas orelhas!!!
Daí começei uma pesquisa sobre orelhas, porque atualmente a minha é bem tranquila, não é "orelha de abano", não é gigante, é bem normalzinha! Observei a orelha da minha mãe, tudo perfeitamente normal. Olhei a do meu pai, super proporcional. Foi quando eu olhei a da minha vó e falei: "CREDO! A orelha da vó vai quase até o pescoço!!! Olha mãe! É gigante!!"
Dizem que a gente nasce com a orelha que a gente vai ter, e que ela vai crescendo muuuuito lentamente, mas cresce até a gente morrer... Aparentemente a orelha da minha avó não entendeu o que a palavra "lentamente" significa.
E assim fiquei descrevendo a orelha da minha avó, dissertando sobre teorias de orelhas grandes e falando que eu deveria ter puxado as orelhas dela, porque a minha orelha só se parecia com a dela. Até que fui interrompida pela minha mãe: "Isabel, minha filha! Acabei de me lembrar! Sua avó tem trauma de orelha grande!! Ela odeia que falem da orelha dela! Ela tinha complexo de 'orelha de abano' quando era mais nova, colocava até a faixa de cabelo por cima da orelha pra tentar faze-la ir para o lugar!!"
Quando olhei para a minha avó depois de quinze minutos falando mal da orelha dela, ela estava me olhando com os olhos bem apertados de raiva, com a boca franzida junto com a testa.
Claro que eu pedi desculpas, mas como eu poderia imaginar que ela tem complexo de orelha?? Achei que isso fosse coisa de gente nova e insegura! Cheguei a conclusão de que é coisa de mulher, não importa a idade!
Bom, no final das contas, eu pedi desculpas e ela começou a chorar, tadinha! Mas logo depois ela voltou ao normal e esqueceu a minha crueldade-sem-querer.
Ok, com uma orelha daquele tamanho até que dava para imaginar que ela poderia ter um trauma... Mas prometo que não faço mais.


Essas mulheres de hoje em dia... minha avó tem todos os cabelos brancos, é gordinha, não anda e não fala, mas ái de quem falar da orelha dela!
Vai entender...